terça-feira, 29 de setembro de 2009

ISTO É, SOBRE ELAS!

ISTOÉ - No mundo das lésbicas
ISTOÉ Independente- Verônica Mambrini
28/09/2009 - Fonte: Athos GLS








A NOITE É DELAS Sem assédio masculino,
elas ficam à vontade em bares e baladas lésbicas
LIVROS PARA ELAS Laura Bacellar e Hanna K são casadas e sócias da editora Malagueta, de literatura lésbica
Nas baladas e eventos de mulheres homossexuais se constata que elas querem um espaço próprio, independente dos homens gays
A DJ Nina Lopes, 37 anos, toca todo sábado na primeira festa fixa voltada para lésbicas de São Paulo. "De um ano para cá, teve um boom de baladas para mulher. Temos eventos de sexta e sábado toda semana e outros esporádicos, uma vez por mês ou a cada 15 dias", conta. Alguns chegam a atrair 2,5 mil pessoas. Nas baladas para mulheres homossexuais, a paquera é sutil.

Em vez de abordagens agressivas, as meninas dançam coladas, lançam olhares, esperam uma resposta. Na Superdyke, festas homossexuais femininas, no UltraClub, onde Nina comanda o som, o público está na casa dos 20 anos. Se em lugares públicos namoradas nem sequer podem dar a mão despreocupadamente, lá, casais dão beijos apaixonados. Na pista, garotas dançam bem perto, encaixando os corpos, numa liberdade difícil de imaginar numa festa heterossexual. As atrações da pista são o ponto alto da noite, com shows de gogo dancers e strippers - moças se aglomeram ao redor do palco e gritam, assoviam. No lounge, casais namoram, conversam e dão risada, como se estivessem em bancos de parque, mas sob a proteção das quatro paredes da casa. As lésbicas querem um espaço só delas.
"Quando se fala em movimento gay, as pessoas nem pensam em mulheres. Então é um jeito de dizer que existimos"Karina Dias, escritora
Em muitas coisas, as mulheres homossexuais querem ser iguais aos homens gays: nos direitos civis e na aceitação social conquistados, por exemplo. Em outras, querem que suas diferenças sejam respeitadas e valorizadas. O que se constata quando se mergulha no mundo das lésbicas é que elas não querem abrir mão de um espaço próprio. Ou seja, não querem ficar a reboque dos homossexuais masculinos. Para dar conta dessa necessidade, está surgindo um movimento silencioso, com eventos, produtos e serviços voltados para esse público. As baladas que se multiplicam são um exemplo. Mas o fermento dessa iniciativa é a internet. A escritora Karina Dias, 30 anos, começou com um blog e acaba de lançar o romance lésbico "Aquele Dia Junto ao Mar". "Quando se fala em movimento gay, as pessoas nem pensam em mulheres. Então é um jeito de dizer que existimos", afirma Karina, que recebe dezenas de emails por dia de garotas que não sabem como lidar com a descoberta da sexualidade. "Eles vêm carregados de dúvidas e medos. Isso é um grande impulso para continuar escrevendo."
A internet mostrou que havia um público negligenciado até mesmo pela mídia gay. "Dentro de um mundo machista, as lésbicas são a minoria da minoria", diz Paco Llistó, editor do Dykerama (dyke é gíria para lésbica, em inglês), site voltado para lésbicas e bissexuais que existe há dois anos e chega a picos de um milhão de acessos por dia. "O machismo pauta até mesmo parte do movimento LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). Não só na militância, mas de forma editorial e cultural", afirma Llistó. "Agora elas começam a ganhar espaço."
Mais recente, o site Parada Lésbica tem também uma rede social só para elas. A editora do site, Del Torres, 29 anos, apostou na diversificação de assuntos, sob a perspectiva homossexual feminina. "Lésbicas, acima de tudo, são mulheres e gostam de textos mais sensíveis", afirma Del. Outra ideia foi criar um ponto de encontro virtual para as meninas. Daí surgiu o Leskut, que tem hoje 19 mil perfis e recebecerca de 100 adesões por dia. "Chats de grandes portais estão cheios de heterossexuais e casais procurando alguém para transar. Como o Leskut é um ambiente mais controlado, elas se sentem confiantes."
A socióloga francesa Stéphanie Arc, autora de "As Lésbicas" (Ed. GLS), que acaba de ser lançado no Brasil, acredita que as homossexuais femininas estão certas em tentar afirmar sua identidade dentro do movimento gay. "Afinal, elas encontram dificuldades específicas na sociedade", reconhece. Mas essa participação é um fenômeno bastante recente. "Existia uma ideia forte de que as mulheres não militavam. E, da forma tradicional, não participavam mesmo", afirma a escritora Valéria Melki, 43 anos. Valéria enfatiza que é importante que a militância assimile as diferenças. "Sexualidade para os homens é um valor, para as mulheres é um horror. Uma mulher sexualmente livre é malvista, ao contrário do homem. Isso afeta a mulher lésbica." A escritora foi uma das criadoras do grupo Umas e Outras, que reunia lésbicas para saraus literários. Outra das criadoras, Laura Bacellar, comemorou um ano da primeira editora lésbica do Brasil, a Malagueta.
Laura fundou a editora junto com sua companheira, Hanna K. "Nos nossos romances, queremos protagonistas e visão homossexuais claras e assumidas", afirma Laura. Há duas gerações escrevendo atualmente: autoras mais velhas, entre 40 e 50 anos, que participaram da primeira fase do movimento gay, e uma nova geração, na casa dos 30 anos, que se formou na internet. "É um pouco mais fácil para elas do que foi para a geração anterior, as famílias aceitam com mais tranquilidade", diz Laura. "Elas são mais diretas em seus textos para falar o que acontece na cama, em detalhes, sem tanto pudor."
Outras editoras estão despertando para o nicho. O Grupo Editorial Summus tem o selo GLS, que só neste ano lançou seis títulos e cresceu 10% mais do que o resto do grupo. "As publicações voltadas para as lésbicas estão mais interessantes", reconhece Soraia Bini Cury, editora-executiva da Summus. "Mas não existia abertura para esses livros. De uns tempos para cá, elas estão assumindo junto com os gays a militância pelos direitos humanos", diz a editora. Os críticos desse movimento alertam para o perigo de as lésbicas quererem se fechar em guetos, justamente no momento em que os gays estão conseguindo mais espaço na sociedade. A semióloga Edith Modesto, que acaba de lançar "Entre Mulheres", de depoimentos homoafetivos, discorda. "Isso é preconceito", afirma. "Não se trata de se isolar. Pessoas com as mesmas características se sentem bem de ter um espaço próprio para discutir seus assuntos." Para Stéphanie Arc, a ideia de gueto também não se aplica. "Não é um conceito exato, porque o gueto é onde você está à força, contra a sua vontade. E isso jamais me ocorreu quando estou num bar para mulheres."

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

DICAS DE FILMES COM TEMÁTICA GAY






































O psicólogo brasileiro Klecius Borges lançou na última quarta-feira, dia 5, o livro "Terapia Afirmativa", uma obra dedicada à Psicologia e à Psicoterapia dirigida a gays, lésbicas e bissexuais. Segundo Klecius, a orientação homoafetiva tem especificidades que justificam uma abordagem com características próprias e centrada exclusivamente nesta questão, razão que o incentivou a direcionar seu trabalho a gays, lésbicas e bissexuais. Outra razão para o trabalho estar direcionado a esse público é a grande experiência pessoal e com tais questões e sua vivência no exterior junto a grupos que lidavam exclusivamente (e seriamente) com esta temática.De acordo com a visão afirmativa, a identidade homossexual é expressão natural, espontânea e positiva da sexualidade humana, em nada inferior à identidade heterossexual. Essa nova forma de abordar a homossexualidade, tanto do ponto de vista conceitual quanto clinico é tema do livro "Terapia Afirmativa - Uma introdução à psicologia e à psicoterapia dirigida a gays, lésbicas e bissexuais". Nele, o psicólogo Klecius Borges reúne informações e orientações que visam a combater o preconceito e a discriminação em um lugar em que a singularidade, a intimidade e as escolhas individuais devem ser abordadas com respeito ímpar: o consultório psicoterápico.
o livro "Terapia Afirmativa", em que apresenta um resumo sobre a abordagem clínica desenvolvida a partir de 1973, quando a Associação Americana de Psiquiatria retirou a homossexualidade de seu manual de diagnósticos psiquiátricos.Para Klecius, é a homofobia _e não a homossexualidade_ que deve ser condierada patologia. É ela [homofobia] a responsável pelo desenvolvimento dos sintomas psicológicos encontrados com mais frequência entre a comunidade homossexual.Segundo Borges, há três formas de manifestação da homofobia: sóciocultural, institucionalizada e internalizada. A homofobia sóciocultural tem como base a crença de que a homossexualidade, especialmente a masculina, ameaça a estrutura patriarcal na qual os valores masculinos predominam. Aqui, o homossexual é visto como um ser efeminado, e por isso mesmo, diminuído em sua escala social (preconceito de gênero). A homofobia institucionalizada parte do pressuposto de que todos são heterossexuais, originando demandas ignoradas dos grupos sociais, cobertura da mídia de modo enviesado, identificação de estereótipos negativos e demarcação de "guetos" onde atitudes homossexuais são mais "toleradas".Por último, a homofobia internalizada, oriunda do contexto e a que mais associa imagens negativas aos homossexuais, já que está enraizada por quem nasceu e cresceu em um ambiente heterocentrado.O objetivo de uma terapia afirmativa é auxiliar o paciente a tonar-se mais autêntico por meio da integração dos sentimentos, pensamentos e desejos homossexuais às diferentes áreas da vida, não apenas sexual, desenvolvendo dessa forma uma identidade gay positiva.
Terapia Afirmativa - Uma introdução à psicologia e à psicoterapia dirigida a gays, lésbicas e bissexuais104 páginasR$ 28,90Edições GLS

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ENTREVISTA: O CONGRESSO É MUITO HOMOFÓBICO

POR MAHOMED SAIGG, RIO DE JANEIRO

Rio - Vítimas da intolerância sexual, lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros são caçados diariamente nas comunidades do Rio. Conforme O DIA mostrou em série de reportagens esta semana, os homossexuais que moram nas favelas cariocas são alvo do preconceito e da ira de milicianos e traficantes. Muitos acabam assassinados por causa de sua orientação sexual.
O aumento dessa violência, que já invadiu até as salas de aula, chamou a atenção da senadora Fátima Cleide (PT-RO). Relatora do projeto de lei que criminaliza a homofobia, ela afirma que o Congresso Nacional é homofóbico. Inconformada com a dificuldade para aprovar a medida, na sexta-feira a senadora foi à tribuna mostrar as reportagens e cobrar atitude dos demais parlamentares.
O DIA: O que falta para a aprovação do projeto de lei que criminaliza a homofobia no Brasil?
Fátima: Relatei o projeto de lei em março de 2008. Mas até agora ele não pôde ser votado sequer na Comissão de Assuntos Sociais por causa de pedidos de vista e votos em separado feitos por alguns senadores. A verdade é que esta proposta tem enfrentado grande rejeição por parte de parlamentares que compõem a Frente Evangélica no Congresso, que são contra sua aprovação.
E o que esses políticos dizem sobre a violência gerada pela homofobia?
O Congresso Nacional é reflexo da sociedade. Como boa parte dos brasileiros tem preconceito, muitos têm receio político de se posicionar na defesa dos direitos humanos, sobretudo de homossexuais. O Congresso é muito homofóbico.
Por quê?
Por causa das próprias atitudes dos parlamentares. Aqui mesmo no Congresso é comum a gente ouvir piadas sobre a orientação sexual de deputados e senadores.
Quais as principais consequências da demora na aprovação desta lei?
Como não existe punição para quem age de maneira homofóbica no Brasil, o preconceito não para de aumentar. E está ficando cada vez mais violento. Uma das principais consequências dessa falta de punição é o isolamento de lésbicas, gays e travestis, que estão ficando cada vez mais limitados a guetos na sociedade.
Como a senhora vê a homofobia nas salas de aula?
Esse problema é gravíssimo porque aumenta a violência nas escolas e a evasão escolar. Hoje em dia, para um homossexual sobreviver na escola, é preciso que tenha muita determinação e força de vontade, porque o preconceito é muito grande. Mas nem sempre isso é suficiente. Se um aluno homossexual é perseguido no colégio, a tendência é que ele não volte nunca mais. Por isso é importante que os professores estejam preparados para lidar com situações como essa.
Muitos homossexuais dizem que não conseguem ingressar no mercado de trabalho. A senhora acredita que esta dificuldade está atrelada à homofobia?
Não há dúvidas de que sim. Se pessoas com alta preparação têm dificuldade para conseguir um emprego, imagina um homossexual que não consegue concluir sequer o Ensino Fundamental! Esse é o caso de muitos gays e lésbicas que abandonam a escola antes de concluir os estudos por causa da perseguição que sofrem.
A senhora acha que a homofobia é mais grave nas favelas e subúrbios?
O preconceito está em todo lugar. Mas nas favelas e periferias, a homofobia é ainda maior. É onde ela se apresenta da forma mais violenta. É também onde ela é mais consentida pela população, que finge não ver o que está acontecendo.
O que fazer para conseguir reverter este quadro?
A homofobia é uma questão cultural, que só será superada com educação. A escola tem um papel fundamental no processo de superação dessa questão. Mas nós já atingimos um patamar tão grande de violência que só a educação não resolve. Por isso insistimos na criminalização da homofobia.
Fonte: O Dia

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

JESUS É ESTRELA DE CAMPANHA RELIGIOSA PARA GAYS

"Jesus era preconceituoso?" pergunta a campanha lançada pela Igreja Metropolitana Comunitária (MCC) que tem congregações em mais de 20 países.
A campanha é composta por cartazes onde aparece a imagem de Jesus e citações da Bíblia.
Cinco das congregações, que ficam no Estado do Texas, lançaram os dois cartazes e querem provar com a história da Bíblia que Cristo não tinha preconceito.
Versos de Mateus (8:5-13) e Lucas (7:1-10), segundo os criadores da campanha, foram dirigidos a um centurião que era gay.
Essa afirmação tem por base a palavra usada para se referir ao centurião, o termo grego "país" que, segundo a Igreja, significa parceiro do mesmo sexo.
"As pessoas que têm fé provavelmente não imaginam que Jesus não era preconceituoso, entretanto, ninguém tinha feito essa indagação antes" diz o texto postado no site da congregação.

Da Redação do Toda Forma de Amor com informações do Pink News

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

FÉ CEGA, FACA AMOLADA

Rozângela Justino é uma “psicóloga” evangélica que afirma curar a homossexualidade. Até ir parar nas páginas amarelas de Veja desta semana, ela era conhecida apenas dos cariocas, pois, é no centro do Rio de Janeiro onde funciona seu “consultório”. As idéias estapafúrdias, para dizer o mínimo, de Rozângela Rocha e a forma odiosa como trata os homossexuais já ganharam, de minha parte, uma resposta, publicada em meu blog (www.bloglog.com.br/jeanwyllys), mas que circula pela net. Contudo, a entrevista daquela evangélica que se diz “psicóloga” me suscitou outra questão – e esta está ligada ao crescimento do fundamentalismo religioso e aos esforços deste para converter seus dogmas em leis para todos. A questão nos leva a crer que o estado laico e de direito, as liberdades civis e o humanismo estão ameaçados pelo fundamentalismo cristão (católico e, sobretudo, evangélico neopentecostal).
Em primeiro lugar, quero ressaltar que não estou me referindo à totalidade dos crentes cristãos, mas, apenas aos fundamentalistas. Conheço muitos crentes católicos e evangélicos que comungam do respeito - e até se sacrificam – pelas liberdades, pela justiça e pela humanidade. Eu mesmo fui educado no cristianismo católico e herdei, do catecismo e das comunidades eclesiais de base, o humanismo e o amor pelo outro que hoje defendo embora não seja mais católico. Há muitos outros crentes que defendem o mesmo. Mas, não é o caso dos fundamentalistas, cujo exemplo em questão aqui é a tal “psicóloga” Rozângela Rocha.
Cristãos fundamentalistas são aqueles que crêem na Bíblia - ou seja, nos fundamentos de sua religião, como verdades absolutas e inquestionáveis - sem interpretá-la (e Bíblia, como um texto literário escrito em contexto histórico e social bastante diferente do nosso, na maioria de suas passagens, deve ser interpretada e não tomada ao pé da letra). O fundamentalismo religioso tem, então, total identidade com o fanatismo e com o obscurantismo.
A as idéias de Rozângela Justino e de muitos cristãos acerca da homossexualidade – de que esta é uma doença ou um “pecado mortal” e que os homossexuais vivem em pecado e que, portanto, “não herdaram o reino dos céus” – estas idéias são obscurantistas e fanáticas e abrem mão da razão e do espírito crítico. Rozângela Justino e os outros fundamentalistas cristãos – muitos deles ocupando espaços na tevê e cadeiras em câmaras de vereadores, assembléias legislativas e na Câmara dos Deputados – querem que mulheres e homens vivam segundo leis e valores descritos em um livro (a Bíblia) escrito há dezenas de séculos antes de nós; querem que joguemos fora todas as descobertas científicas e argumentos filosóficos acumulados nos últimos dois mil anos de discurso humano para vivermos conforme vivem os personagens da Bíblia. Não! Mulheres e homens precisam desenvolver suas virtudes e possibilidades humanas, ou seja, precisam ser humanistas, e lutar pelas liberdades civis.
Não se calar diante de Rozângela Justino e de outros fundamentalistas é, portanto, lutar pela tolerância, pela liberdade de crença e de descrença e pela laicidade. Em seu Artigo 19, a Constituição afirma que o estado brasileiro é laico e que, como tal, não deve nem pode estabelecer preferências entre as religiões. O texto constitucional dá à pessoa humana o direito de acreditar ou não em um ser divino, mas, afirma que o estado não tem sentimento religioso.
A história nos mostra que o fundamentalismo em qualquer religião só leva as pessoas ao autoritarismo, à escravidão e à violência. Fundamentalistas como Rozângela Justino não têm compromisso com a ética que assegura a vida nem com o bem-estar de todos. Essa gente quer estabelecer a paz dos cemitérios. Como diz a letra da canção, “fé cega, faca amolada”.
Jean Wyllys - escritor


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

MISTER GAY E COM MUITO ORGULHO!

Um representante do Mato Grosso venceu nesta segunda-feira a terceira edição do concurso Mister Gay Brasil. Thiago Silvestre venceu outros 19 candidatos, em uma cerimônia que aconteceu no Teatro Santo Agostinho, em São Paulo, comandada pelo humorista. Entre os convidados para ajudar na seleção, estiveram várias celebridades, como a cantora e ex-BBB Josy, o humorista Rafael Cortez, do programa CQC. Além de representar o Brasil no concurso Mister Gay Universo, que acontece em fevereiro, na Noruega, o vencedor ganhou uma cabine para um cruzeiro em fevereiro de 2010,com passagens por Búzios e Ilha Bela.

TEXTEMUNHO DIVINO: AMOR SEM FRONTEIRAS

Igreja que acolhe gays é perseguida por homofóbicos

Religiosos da Igreja Cristã Contemporânea - que se tornou famosa por não discriminar gays - dispararam ontem comunicado na Internet em que acusam seitas homofóbicas de perseguição. Segundo o e-mail, em comemoração aos três anos da igreja vários outdoors foram espalhados pela cidade com a inscrição “Homossexualidade: a Bíblia não condena”. Desde então, contam que vem sendo bombardeados com e-mails com inscrições como: "Homossexualidade é coisa demoníaca! Vocês vão para o inferno! Deus odeia o homossexualismo". Mas o preconceito está longe de abalar a fé dos pastores Marcos e Fábio, casal que dirige a igreja. No site, o pastor Marcos postou: "Nosso ministério está completando três anos de vida. Ontem eu e o pastor Fábio quando retornávamos do passeio (7/9) nos recordávamos de quando tudo começou e muito nos emocionamos... Hoje (8/9/09) eu (pastor Marcos) e ele (pastor Fabio) completamos três anos de um grande amor. Nosso namoro começou da seguinte forma: duas pessoas apaixonadas pelo Senhor Jesus falando sobre como seria uma igreja dos sonhos de Deus... por isso sempre cantaremos: “Os sonhos de Deus”. Estávamos ambos desacreditados e destruídos tanto no campo emocional como em relação à instituição “igreja”. A Luz do Senhor nos visitou e destes dois “cacos” de pessoas, Deus restaurou e uniu para mostrar seu poder restaurador e fazer de nós vaso de honra"
Extra on Line

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

E CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ


Neste mês de Setembro todo o Rio de Janeiro conhecerá a frase: Homossexualidade: a “Bíblia não condena" através de uma campanha publicitária que a Igreja Cristã Contemporânea está realizando por três anos de existência.
São 30 outdoors espalhados por todo o Rio de Janeiro nos melhores pontos: Catete, Central do Brasil, Av. Presidente Vargas, Rua Camerino, Rua Santa Luzia, Av. Francisco Bicalho, Avenida Brasil, Maracanã, Marechal Rondon, Linha Vermelha, Estrada do Galeão, Madureira Shopping, Don Elder Câmara, Penha, Av. Vicente de Carvalho, Rua Clarimundo de Melo, Praça Seca, Campinho, Geremario Dantas, Cavalcanti, Bangu, Campo Grande, Nova Iguaçu, Dutra...
Igreja Cristã Contemporânea 3 anos levando o amor de Deus a todos sem preconceitos
2009 - Ano da Multiplicação!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

NEHOMUNIMONTES RECEBE CERTIFICADO EM PRÊMIO CIDADANIA SEM FRONTEIRAS

O NEHOM ( Núcleo de Estudos sobre Homocultura) da Unimontes foi agraciado no último dia 24 de agosto, de 2009, em São Paulo, com Certificado de participação no Prêmio Cidadania Sem Fronteiras - Edição Nacional, com a realização do projeto "Norte de Minas Sem Homofobia". O Prêmio Cidadania Sem Fronteiras é um projeto de premiação realizado pelo Instituto Brasileiro da Cidadania, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia - Secretaria de Ciência e Tecnologia pra inclusão social que tem como objetivo reconhecer e criar referência quanto as melhores ações e práticas sociais desenvolvidas pelas Instituições de Ensino Superior, contribuindo para a formação profissional de seus estudantes e a melhoria da qualidade de vida das comunidades brasileiras.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

PODE ME CHAMAR DE GAY



Pode me chamar de gay, não está me ofendendo. Pode me chamar de gay, é um elogio. Pode me chamar de gay, apesar de ser heterossexual, não me importo de ser confundido. Ser gay me favorece, me amplia,me liberta dos condicionamentos. Não é um julgamento, é uma referência. Pode me chamar de gay, não me sinto desaforado, não me sinto incomodado, não me sinto diminuído, não me sinto constrangido. Pode me chamar de gay, está dizendo que sou inteligente. Está dizendo que converso com ênfase. Está dizendo que sou sensível. Pode me chamar de gay. Está dizendo que me preocupo com os detalhes. Está dizendo que dou água para as samambaias. Está dizendo que me preocupo com a vaidade. Está dizendo que me preocupo com a verdade. Pode me chamar de gay. Está dizendo que guardo segredo. Está dizendo que me importo com as palavras que não foram ditas. Está dizendo que tenho senso de humor. Está dizendo que sou carente pelo futuro. Está dizendo que sei escolher as roupas. Pode me chamar de gay. Está dizendo que cuido do corpo, afino as cordas dos traços. Está dizendo que falo sobre sexo sem vergonha. Está dizendo que danço levantando os braços. Pode me chamar de gay. Está dizendo que choro sem o consolo dos lenços. Está dizendo que meus pesadelos passaram na infância. Está dizendo que dobro toalha de mesa como se fosse um pijama de seda. Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou aberto e me livrei dos preconceitos. Está dizendo que posso andar de mãos dadas com os anéis. Está dizendo que assisto a um filme para me organizar no escuro. Pode me chamar de gay. Está dizendo que reinventei minha sexualidade, reinventei meus princípios, reinventei meu rosto de noite. Pode me chamar de gay. Está dizendo que não morri no ventre, na cor da íris, no castanho dos cílios. Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou o melhor amigo da mulher, que aceno ao máximo no aeroporto, que chamo o táxi com grito. Pode me chamar de gay. Está dizendo que me importo com o sofrimento do outro, com a rejeição, com o medo do isolamento. Está dizendo que não tolero a omissão, a inveja, o rancor. Pode me chamar de gay. Está dizendo que vou esperar sua primeira garfada antes de comer. Está dizendo que não palito os dentes. Está dizendo que desabafo os sentimentos diante de um copo de vinho. Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou generoso com as perdas, que não economizo elogios, que coleciono sapatos. Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou educado, que sou espontâneo, que estou vivo para não me reprimir na hora de escrever. Pode me chamar de gay. Que seja bem alto. A fragilidade do vidro nasce da força e do ímpeto do fogo".
Fabrício Carpinejar/escritor